6.8.10

COBIÇA

Emudeça seu silêncio
Pois quero algazarra
Encaixada
Em meus poros

De tão molhada
Estou seca

E a língua arde

Dispense a bossa
Pois quero samba
Derramado
Em meus pêlos

Insone
De tanto olhar

E a cama pulsa

Durma o depois
Pois quero o agora
Agora
Em minhas mãos

Tempo
De tanta espera

E a água escorre

2 comentários:

carmen silvia presotto disse...

Quando o tempo do amor escorre, o silêncio atravessa o tempo...

Parabéns, Anna.

Um beijo.

Anônimo disse...

Fala-me de urgência este poema.