24.11.08

LUTO

O corpo já estava entregue
Ao nada que sacode as folhas
Alimento de moscas

Os olhos já não abriam
Falso silêncio
Hora da agonia
A espera da espera
Do sangue que não cessa

No meu canto
Canto em reza
Um lamento
De choro contido
E calado

Pela alma
Pela destreza roubada
Pela fenda do olhar
Que já não abria

INFINITO



Se essa
Fosse
A poesia da minha vida
Seria
Inacabada
Em si
Em mim
...
Porque o amanhã
Há de chegar