16.11.08

PALPITAÇÕES


As vezes
Não cabemos
Em nós

Nessa hora

Só sabemos
Correr
Para o espelho
E os nós
Desfazem-se em laços

CAMINHADA



E a vida é um isso e aquilo
De coisas e não-coisas


Metade do que fomos
Metade do que seremos


E o presente nasce na beira de uma poesia


Qualquer que possa ser lida
Relida
Qualquer que me vista
A vista de alma


Um punhado
De sal
Na boca
Outro
De açucar
Na boca


Que fala
E me leva
Leve
No pesado