As crianças entram em minha vida como estrelas. Sem anunciação. E me acendem com muito fulgor! Essa semana ganhei uma nova amiga, Rafaela, uma vizinha que na sabedoria dos seus 7 anos revela ser a flormosura do condomínio. Ela e seu cãozinho Billy me surpreenderam essa manhã ao soar a campainha. Sim, ela me rastreou! E pouco se importou em me encontrar descabelada e com meias azuis, veio com a pura e encantadora certeza de que pode contar comigo nesse mundo estranho de adultos. Não resisti ao convite de, juntas, passearmos ao sol com nossas companhias caninas. Papo vai, papo vem, ela observa que o lhasa com minha sapeca viralata-galgo não sossegam, que seriam um livro de cem mil páginas! Eu tentei argumentar que 'não poderia ser um livro tão grande, pois não teríamos tempo de ler', mas ela me explicou que leria em dois dias. Estou certa que sim.
A velocidade dos passos narrava os causos. Ela quer ser veterinária desde os dois anos e quis saber o que penso dos animais em extinção.
_ Tem um elefante com chifre que não sei o nome, igual ao do filme A Era do Gelo.
_ Ah, o Manny? É um mamute!
_ Você já viu um?
_ Não!
_ Deve existir só uns cinco no mundo todo... Na verdade nem deve existir mais.
A velocidade dos passos narrava os causos. Ela quer ser veterinária desde os dois anos e quis saber o que penso dos animais em extinção.
_ Tem um elefante com chifre que não sei o nome, igual ao do filme A Era do Gelo.
_ Ah, o Manny? É um mamute!
_ Você já viu um?
_ Não!
_ Deve existir só uns cinco no mundo todo... Na verdade nem deve existir mais.
E a maldade humana cava buracos nos corações dos pequenos.
Ela me contou que a mãe viu uma reportagem, mas que não sabia se era reportagem, mas passou na televisão, sobre pessoas do bem que arrancavam os chifres dos bichos e das bichas e deixavam no chão para que os caçadores encontrassem e, dessa forma, não os matassem.
E a bondade humana planta reflexão nas cabeças dos miúdos.
Ela me contou que a mãe viu uma reportagem, mas que não sabia se era reportagem, mas passou na televisão, sobre pessoas do bem que arrancavam os chifres dos bichos e das bichas e deixavam no chão para que os caçadores encontrassem e, dessa forma, não os matassem.
E a bondade humana planta reflexão nas cabeças dos miúdos.
_ Posso ir na sua casa depois para gente conversar?
Minha casa são meus braços que estarão sempre abertos a criançada. Eu criança a desbravar a Terra do Nunca. Eu Pan no pandemônio para que minhas asas sempre cresçam.
E meu solilóquio de quinta é interrompido.
Adivinhem por quem?
Um comentário:
Lindo... Obrigada Anna!
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