29.9.10

TERRITÓRIO

o conforto
da paz
externa
traz pontes
e multidões

são aviões
velozes
rompendo nuvens
em busca de terra
firme

no buraco do olho
na asa da borboleta,
na pele áspera e
austera

(que pousa sobre a outra a cicatriz)

2 comentários:

Lua Nova disse...

Pungente!
Seus poemas doem dentro de mim e depois me deixam pensativa, meio perplexa como se, de repente, eu percebesse o óbvio!
Recubro minhas cicatrizes todos os dias...
Mais uma vez, lindo!
Beijokas.

carmen silvia presotto disse...

Sim, Anna, versos que tatuam, abrem as cicatrizes para que sigamos com tua leitura em reflexões.

Um beijo