Num dia
De clarão
A lembrança
Causará
Cegueira
E abrirá cicatriz
Do sangue:
Jorros
De açúcar
A tornar o instante
Encorpado
Coágulos
De vontades
Interrompidas
Que plantaram
No solo
Da pele
Uma esperança
Em coma
A sanguessuga
Aventura
Da vida
Prossegue
Post Mortem
Em escalas
De cinza
É quando os olhos
Ardem
O esforço
De ver
E a lágrima
Derradeira
Cairá
Num dia
De clarão
Enquanto da lembrança
O coração
Será cego
2 comentários:
Quando os olhos ardem pelo esforço de ver, a saudade será lembrança...
Um beijo Anna, teus poemas são clarões de alma.
Carmen Silvia Presotto
Lindo, lindo, lindo. Concordo com a Carmen, "poemas são clarões de alma." A tua alma reluz, ilumina, troveja, relampeja...
Beijos.
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