26.9.10

ALGUÉM? (para Raissa Abreu)

No escuro
Do expediente
Haviam sonhos
Que lustravam
Balcões
De padaria

No escuro
Do expediente
Havia sol

Nos batons
E badulaques
Das meninas
Que faziam-se mulheres
Enquanto meninas

E era tanta festa
Silenciosa
Que de um trovão
Inesperado
Brotava lágrima

3 comentários:

Raíssa Abreu disse...

Uma experiência instigante essa de colocar nossos textos pra dialogar, não? É como se eles realmente criassem vida.
Ao postar uma das fotos do encontro, vc falou sobre a poesia que nasce do abraço. Acho que, no nosso caso, a poesia levou ao abraço.
Muito obrigada, querida!

s a u l o t a v e i r a disse...

Nossa, lindo. Muito sensível.

Boa semana.

carmen silvia presotto disse...

Que os abraços poéticos sigam existindo feito estes clarões de Anna, relâmpagos prá lá de poéticos!!

Um beijo