19.12.08

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Eis minha homenagem
Póstuma:

Um incômodo degradê
Que paira feito poeira
Em madeira que pousa
Nos galhos quebradiços
E carimba o esquecimento

O descuido desleixado do papel amarelado
Nas letras tortas ignora alguém...
Como o corpo a rastejar
A tristeza contida

Depois...
Plante-os você
Dentro da gaveta
E terá o frescor abandonado
E o fosco avassalado dos tambores
Sem a música clássica

Um comentário:

Luiz Calcagno disse...

Com essa frase aí em cima a poesia fica casando direitinho com os comentários. Somos engolidos pela terra. O tempo não diferencia ninguém. Beijocãozão