11.4.07

AUTO-OBSERVAÇÃO


Meus poros
Sentem as dores do mundo
Sou tombada
De tanto calafrio
A correr por minhas
Vermelhas veias

Minhas pulsações
Sentem os amores do mundo
Sou levada
De tanto desmaio
A subir por minha
Notória nuca

Meus por quês
Sentem as flores do mundo
Sou asfixiada
De tanto armário
A esconder minhas
Poéticas palavras

Minhas paixões
Sentem os ardores do mundo
Sou transpassada
De tanto fio
A iluminar meus
Tórridos tremores

E meu fio-terra atiça fogo na água que respinga no ar
E alguém nasce nesse momento.

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