13.5.07

LICENÇA FELICIDADE


Após uma alucinante noite de amor os corpos dialogavam pelo resquício de ar ofegante que comandou o balé de espasmos e ataques cardíacos dançantes. Nunca teria fim tanto tesão. O sol entrava e saía pelas frestas da janela, eram capazes de ficar dias se alimentando da luz que emanava dos umbigos enquanto o suor servia de imã as atrações dos poros. O vinho estava delicioso, vermelho sangue nas bocas de línguas vorazes. As velas espalhadas pelo quarto, uma a uma, de acordo com o sopro que preparava o cenário, se apagavam. O objetivo era atingir aquele momento que já não faz diferença estar de olhos abertos. Só calafrio nos cantos recônditos, só a mesma chama a hipnotizar a distância cada vez mais curta, só eu e você a planejar a próxima população no nosso planeta. O percurso deveria ser o mesmo, confundo-me. Cada passeio uma descoberta em forma de mordida, toque, textura, sabor... Cada chegada um novo mapa indicando que o infinito é mais na frente. Intimidade. A sensação é tão boa! Espantava o sono para que uma fotografia acontecesse, ela revelava o coração. Todas as cores! O dia chegava ao meio, precisava correr para a mesma cama e capturar o formato que ela tinha deixado no travesseiro. Após uma alucinante noite de amor era delicado não ter aquele pé embaixo das cobertas.

* ilustração de Mário Jr. http://www.fotolog.com/mario_quemario

2 comentários:

Anônimo disse...

Foi de noite.Não tinha vinho.Não tinha vela.Não tinha Romance.Tinha sim, interesses...mais que isso:Lembranças.
São Paulo 2006...Uia!
ahha
Beju!

Anônimo disse...

Acho que falei DE MIN nesse coment, quando era sobre SEU causo de sexo.
ahaha