Época dura
E a rapa dura
Fenecia como açúcar
Em café
Quente
Quente
O sangue
Corria
Nas veias
Dos corpos
Das ruas
Dos brasis
E os brasões
Eram lustrados
Por esse sangue
Que suava
Revolução
E a ação
Ia e vinha
De aeroportos
De esconderijos
De represálias
E as sandálias
Da época
Ainda hoje
Arrastam na memória
2 comentários:
Nossa... leio aqui e não consigo de parar de lembrar do que li hoje na folha ilustrada, Gullar conVersando sobre seu Poema Sujo.... e afinal com ele digo, de que somo feitos: de matéria ou de memória?
Um beijo Anna. Sempre bom entrar aqui para me espraiar em teus versos.
Carmen.
Adorei o poema, muito bem dito pela alma.O que você esconde entre uma linha e outra?
Anna tudo de bom, nesse infinito que te acompanha.
Beijos
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