a porta estará aberta
ao que torna verde
os dias
ao que tem cheiro de mato
molhado
seguirei descalça
nua
descabelada
de mãos dadas
com as sementes e os baús
conte-me tudo
ao pé do ouvido
sem titubear
quero saracotear a vida
como a um mergulhador
que descobre os segredos
da escuridão
e nela acender uma vela
quero suas mãos que me são claras
e nelas percorrer as linhas
em troca ofereço meus dedos
longos e cravados
tudo agora
tudo instante
na multiplicação dos segundos
um riso nunca é a toa
assim como um balão
nunca voa em vão
2 comentários:
anna,
que linda!
a gente podia escrever uma juntas.
que acha?
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