Ah, se o oposto da morte
É o amor
Abro meu túmulo
Nesse dia
De finados
Que meus corpos
Sejam todos
Remexidos
E reativados
E recuperem o sabor
Das gotas
Derradeiras
Das noites
Mal dormidas
Dos suspiros
Afoitos
De pernas
Insustentáveis
Nos calores
Nos suores
Nas cores
Que tingem de amora
As avenidas
Por onde trafegamos
De mãos dadas
E acontecemos
De outono a outonos
Primavera
Um comentário:
Anninnha de minha existência: só você pra conseguir num poema colocar "amor" e "morte" de forma tão fina e elegante.
De forma tão verdadeira e poética.
Você não tem somente o dom da escrita.
Tem o dom de amar.
E ser amada.
Amo-te desde o "era uma vez".
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