18.10.07

UM COMEÇO DO FIM


Quando escrevo, suicido
Me rasgo,sangro, esperneio
No limite inexato
Das possibilidades
Que invento
Minto
Com elegante sinceridade
Eu mesma
Desenho um sorriso nos lábios
Repito:
Quando escrevo, minto
Com elegante sinceridade
Invento
Possibilidades exatas
Dentro de um limite, o meu
Me abro, transbordo, grito
Eu mesma
Desenho nos olhos paisagens
De novo: suicido.

* Ilustração do "amadoamigoirmão" ou ator dos meus palcos:
Renato Borges (retoborges.blogspot.com)

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