Observo um suicida na janela de um hotel
Na verdade nada indica
Tratar-se de um suicida
Mas quero tê-lo assim
Imagino o salto:
Vôo de braços abertos
Vento ao peito
Voz cortada pelo batimento cardíaco
Imagino a queda:
Sopro agudo na calçada
Sangue coagulando o cimento
Superfície marcada
De repente ele abandona a janela:
Um programa na tv
Uma água no rosto
Um corpo na cama
A imagem da morte
É borrada como lágrima sobre a tinta da caneta
Ele apaga a luz
Eu apago uma história a ser contada
Na verdade nada indica
Tratar-se de um suicida
Mas quero tê-lo assim
Imagino o salto:
Vôo de braços abertos
Vento ao peito
Voz cortada pelo batimento cardíaco
Imagino a queda:
Sopro agudo na calçada
Sangue coagulando o cimento
Superfície marcada
De repente ele abandona a janela:
Um programa na tv
Uma água no rosto
Um corpo na cama
A imagem da morte
É borrada como lágrima sobre a tinta da caneta
Ele apaga a luz
Eu apago uma história a ser contada
Um comentário:
Gostei demais desse texto!
Muito bom...
Sei lá: parece Lispector.
Bjocas gdes!
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