Alguém em cima do telhado
Toca clarinete as estrelas
Poderia ser o Woody Allen
Com sua neurose soturna
Poderia ser um negro
Com sua alma noturna
Poderia ser eu mesma
Com minha sedução gatuna
A lua vira bola
Seduzida pela melodia
O mar delira em febre: ondas
O cão do mendigo
Sorri aos gatos do lixo
Um casal
Dança um bolero
E o suor
Mistura-se a chuva
Que escorre
Pela rua
E aquele alguém
Que não reconheci
Continua a tocar clarinete as estrelas
E o céu confunde-me em cometas
Um comentário:
São versos novos e, ao mesmo tempo, não-estranhos pra mim... Estranho!
:)
Será que eu já tinha lido estes?
Beijos
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