Vejo meu barco
Partir
Numa regata solitária
Vejo meu barco
Partir
Ao meio
Meu coração
Vejo o farol
Apagado
E a rede
Fazendo retalho
No mar
Vejo meu barco
Perdido
E as ondas
O arrastando
Para o abismo
Vejo meu barco
E ele me vê
Ele se afoga para eu viver
Partir
Numa regata solitária
Vejo meu barco
Partir
Ao meio
Meu coração
Vejo o farol
Apagado
E a rede
Fazendo retalho
No mar
Vejo meu barco
Perdido
E as ondas
O arrastando
Para o abismo
Vejo meu barco
E ele me vê
Ele se afoga para eu viver
* confissões de uma navegante que sou
2 comentários:
Eu ouvi esta música...da Bethânia e adorei,simplesmente!! A voz é muito linda..e as batucadas do Bongô me levaram ao delírio...a parte que mais acho linda é quando ela diz..."..clara,noite rara nos levando além da rebentação..já não tenho medo de saber quem somos na escuridão..." achei poética e ao mesmo tempo forte! Acho incrível como estes poetas tem a capacidade única de exprimir sentimentos tão densos com uma leveza singular!!! O seu poema me lembrou Ismália de Alphonsus Guimaraens. Um beijo...
Ana Carolina tem essa capacidade de mecher com a mente humana... Não só com a voz,mas principalmente com a leveza e ao mesmo tempo com palavras fortes de suas composições.
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